Curiosamente, uma máxima simples e, ameu ver, acertada, que só aprendi no meu 3º ano do internato, no Hospital de Santa Marta.
Muito simples de explicar vendo a Fórmula de Poiseuille que diz, basicamente, que o fluxo é inversamente proporcional ao comprimento do tubo e directamente proporcional à quarta potência do diâmetro do tubo. Assim se percebe que se o comprimento de um catéter for reduzido a metade (relação entre um periférico e um central!), o fluxo passará para o dobro; se o diâmetro interno fôr o dobro, o fluxo aumenta 16 vezes!!!
Quanto maior o calibre do catéter, mais volume/minuto poderemos administrar. No entanto, ainda há muito boa gente a preencher todos os lumens dos centrais com soros, para poder fazer mais volume!!!
qual o interesse? Nenhum. Quanto mais soros se colocam, maior a tendência em se perder a conta ao volume total horário que se está a fazer, caindo na hipervolémia e trabalhando para o edema agudo. Para além de que poderemos necessitar desses lúmens para perfusões (aminas, indutores, etc) ou reposições iónicas.
Excepção: se não se consegue cateterizar periféricos ou em crianças, em que os acessos periféricos, pela fragilidade capilar e má perfusão, deixam de debitar!
Neste caso será bom relembrar que na eventualidade de necessitarem de fazer volume pelo central podem recorrer à velhinha manga de pressão para espremer os soros (funciona lindamente com colóides). Tenham apenas o cuidado de verificar a temperatura dos fluidos que se administram pelo catéter venoso central pois a entrada de volume demasiado frio directamente no coração pode induzir disritmias malignas.
domingo, 17 de outubro de 2010
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