Ou ainda "Experiêcia é o que te permite reconhecer um erro quando o cometes pela segunda vez".
Pouco há a dizer sobre isto.
Tenham a inteligência de fazer várias vezes a mesma coisa, da mesma maneira, para se aperfeiçoarem e minimizarem a possibilidade de erro (se ficar bem feito, claro).
Habituem-se a falhar para se habituarem a acertar!!!
terça-feira, 1 de junho de 2010
"Vê um; Faz um; Ensina um"
Parece-me que toda a prática e técnica deve passar por esta frase.
Leva a um só sentido: Experiência.
Porque em anestesia a repetição faz a experiência e a experiência faz o mestre.
E só se aprende fazendo... e errando... e ensinando... e já chega de clichés por agora!
Leva a um só sentido: Experiência.
Porque em anestesia a repetição faz a experiência e a experiência faz o mestre.
E só se aprende fazendo... e errando... e ensinando... e já chega de clichés por agora!
"The laryngoscope is a tongue retractor, not a tooth extractor!"
Leio esta máxima e não consigo parar de rir!!! É que já aconteceu a todos!!!
Ups, mais trabalho para a fada dos dentinhos! E para o estomatologista.
Porque é necessário, depois de nos rirmos e de nos sentirmos aliviados por ter conseguido intubar finalmente o doente, de nos responsabilizarmos pelas peças dentárias extraídas no processo.
Devemos explicar o sucedido ao doente e, se ele desejar, promover uma consulta de reabilitação oral. Devo confessar que, nas felizmente poucas vezes que arranquei inadvertidamente umas dentuças, os doentes me agradeceram por tão amável gesto, tal a podridão dos mesmos!
Já agora, optimizem a altura da soga e da própria marquesa por forma a obterem uma laringoscopia óptima, antes de pensarem em bascular o laringo...
Ups, mais trabalho para a fada dos dentinhos! E para o estomatologista.
Porque é necessário, depois de nos rirmos e de nos sentirmos aliviados por ter conseguido intubar finalmente o doente, de nos responsabilizarmos pelas peças dentárias extraídas no processo.
Devemos explicar o sucedido ao doente e, se ele desejar, promover uma consulta de reabilitação oral. Devo confessar que, nas felizmente poucas vezes que arranquei inadvertidamente umas dentuças, os doentes me agradeceram por tão amável gesto, tal a podridão dos mesmos!
Já agora, optimizem a altura da soga e da própria marquesa por forma a obterem uma laringoscopia óptima, antes de pensarem em bascular o laringo...
"As ampolas de 1 ml são todas parecidas!"
...Sobretudo se são do mesmo laboratório. Lembro-me de ver no H. S. José as ampolas de atropina, neostigmina e adrenalina, cuja cor da letra era a única distinção!
Existem algumas soluções que permitem não cometer o erro de administrar o que não se quer, por vezes com sérias consequências.
Solução nº1: Olhar para o nome da ampola antes de a abrir!
Solução nº2: Dispôr as ampolas longe umas das outras nas gavetas.
Solução nº3: Padronizar toda a arrumação das gavetas dos fármacos.
Se mesmo assim o erro acontecer, TRATAM-SE as consequências, sem medos!!!
Existem algumas soluções que permitem não cometer o erro de administrar o que não se quer, por vezes com sérias consequências.
Solução nº1: Olhar para o nome da ampola antes de a abrir!
Solução nº2: Dispôr as ampolas longe umas das outras nas gavetas.
Solução nº3: Padronizar toda a arrumação das gavetas dos fármacos.
Se mesmo assim o erro acontecer, TRATAM-SE as consequências, sem medos!!!
quinta-feira, 20 de maio de 2010
"Rotula sempre todas as seringas"
De facto, é uma máxima cumprida quase a 100 %... mas mal cumprida!
É raro ver seringas não rotuladas. As que encontrarem, deitem fora. É o que eu faço!
É comum ver seringas rotuladas com acetato ou numa etiqueta. Igualmente errado. Pode-se apagar ou ver-se muito mal ou nem se perceber a letra.
Para além disso é comum ver apenas escrito o nome do fármaco, ficando de fora a dose e o volume total.
Assim, o preconizado será de ter etiquetas escritas a computador com nome de tamanho adequado, dose, volume, não esquecendo a cor vermelha na rotulagem dos fármacos vasoactivos.
P.S.: Tenho de confessar que, em raras ocasiões não rotulo nada (quando estou com a macaca!!!). Mas mantenho um certo padrão de segurança: só eu é que mexo no tabuleiro, disponho as seringas sempre da mesma maneira (benzo -5mg/1cc, opiode -0,25mg/5cc, indutor -branquinho como o Michael, relaxante- fresquinho) e uso seringas de tamanhos diferentes. Não se esqueçam que isto é uma excepção!
É raro ver seringas não rotuladas. As que encontrarem, deitem fora. É o que eu faço!
É comum ver seringas rotuladas com acetato ou numa etiqueta. Igualmente errado. Pode-se apagar ou ver-se muito mal ou nem se perceber a letra.
Para além disso é comum ver apenas escrito o nome do fármaco, ficando de fora a dose e o volume total.
Assim, o preconizado será de ter etiquetas escritas a computador com nome de tamanho adequado, dose, volume, não esquecendo a cor vermelha na rotulagem dos fármacos vasoactivos.
P.S.: Tenho de confessar que, em raras ocasiões não rotulo nada (quando estou com a macaca!!!). Mas mantenho um certo padrão de segurança: só eu é que mexo no tabuleiro, disponho as seringas sempre da mesma maneira (benzo -5mg/1cc, opiode -0,25mg/5cc, indutor -branquinho como o Michael, relaxante- fresquinho) e uso seringas de tamanhos diferentes. Não se esqueçam que isto é uma excepção!
terça-feira, 11 de maio de 2010
"Só se dá o que o doente precisa"
Funciona em 2 sentidos. Não dêem a mais, não dêem a menos!
O grande desafio está em encontrar o equilíbrio entre sobre e o infraanestesiado, entre o doente em depressão respiratória e o doente a contorcer-se com dores, entre a monitorização mínima e a máxima (mais invasiva) desejável.
Mais uma vez não se esqueçam: toda a manipulação e atitude que toma perante o doente tem consequências. A falta delas... Mais ainda!!!
Conselho: na dúvida, dêem sempre a mais... Por 3 motivos: porque eu mando, porque o doente merece e porque, definitivamente, "agarram" melhor o vosso doente.
O grande desafio está em encontrar o equilíbrio entre sobre e o infraanestesiado, entre o doente em depressão respiratória e o doente a contorcer-se com dores, entre a monitorização mínima e a máxima (mais invasiva) desejável.
Mais uma vez não se esqueçam: toda a manipulação e atitude que toma perante o doente tem consequências. A falta delas... Mais ainda!!!
Conselho: na dúvida, dêem sempre a mais... Por 3 motivos: porque eu mando, porque o doente merece e porque, definitivamente, "agarram" melhor o vosso doente.
domingo, 18 de abril de 2010
"Existem quilómetros de veias, só precisas de uma!"
... Pelo menos só precisas de uma para induzir um doente.
No entanto vê-se demasiadas vezes o staff do bloco aflitíssimo porque o doente não tem acessos.
Cabe-te a ti, enquanto anestesista, regular de novo a homeostasia da tua sala.
Não te podes esquecer de alguns conceitos básicos:
Primeiro, cateteriza-se um acesso venoso periférico com um catéter do calibre que a veia oferece (não se põe 18G em veias que parecem fios de cabelo, nem o contrário).
Segundo, não existem só veias no dorso da mão ou flexura do cotovelo. Olhem para a face anterior do punho, para o pé ou junto aos maléolos.
Terceiro, os acessos venosos centrais são nossos amigos e nós somos amigos deles. Jugular externa, jugular interna, subclávia, femoral. Basta um botãozinho de lidocaína e alguma destreza!
No entanto vê-se demasiadas vezes o staff do bloco aflitíssimo porque o doente não tem acessos.
Cabe-te a ti, enquanto anestesista, regular de novo a homeostasia da tua sala.
Não te podes esquecer de alguns conceitos básicos:
Primeiro, cateteriza-se um acesso venoso periférico com um catéter do calibre que a veia oferece (não se põe 18G em veias que parecem fios de cabelo, nem o contrário).
Segundo, não existem só veias no dorso da mão ou flexura do cotovelo. Olhem para a face anterior do punho, para o pé ou junto aos maléolos.
Terceiro, os acessos venosos centrais são nossos amigos e nós somos amigos deles. Jugular externa, jugular interna, subclávia, femoral. Basta um botãozinho de lidocaína e alguma destreza!
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